Acho que de todos os trabalhos desenvolvidos até agora o que está me causando mais dificuldade é este. Procurei, desde o inicio do curso, organizar os trabalhos e pesquisas em pastas no PC, desenvolvi em power point algumas disciplinas de forma que tivesse uma visão geral de todos os trabalhos. Outros (ainda sem tempo) continuam apenas separados por disciplinas com textos, rascunhos, artigos (ainda não lidos), pesquisas e trabalhos desenvolvidos.

Claro que em todos, consigo perceber meu crescimento (o que não conhecia, o que não aplicava, o que já sabia e foi reforçado) mas não cheguei a fazer as reflexões que tenho feito nesta disciplina, especificamente neste trabalho, conectando, transformando em atividades ideias e pensamentos que eram apenas exercícios de estudante.


Achava que o termo professor-pesquisador só se aplicava ao profissional que desenvolvia teorias e teses em gabinete, mas agora por mais que eu tenha a programação montada, a aula preparada com um plano de estudo em andamento, não consigo deixar de ler um artigo ou reler um capitulo estudado antes de apresentar aos alunos.

Em cada semestre modifico a maneira de concluir as disciplinas de forma que não fique parecendo fechada, acabada; sempre deixo um espaço para novas conclusões, um artigo por terminar ou uma indicação de livro (para ler quando tiver tempo). Assim me forço a retomar, sem chance para a “acomodação”, não me preocupo com “o que ainda não conheço”, o que realmente me assusta é achar que “o que sei” me basta...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Educar para quê?


De acordo com o pensamento de vários autores contemporâneos um dos principais objetivos da educação na área de artes é educar para a compreensão da arte. Referencias: Fernando Hernández (A pesquisa sobre a compreensão: a interpretação como chave da educação escolar) e Anita Prado Koneski.(A estranha 'fala' da arte contemporânea e o ensino da arte”
Os textos abrem um grande caminho para uma nova forma de ver e trabalhar com nossos alunos. Segundo Hernandez “a arte está sujeita a uma atribuição de significações, pois não só expressa o que o artista tem em sua mente no momento em que está realizando a obra, mas inclui a interpretação do espectador (...) O processo de interpretação implica em reconhecer a linguagem em um procedimento de diálogo, que não se produz de forma automática, mas que deve ser reconstruído a partir do interior daquele que o recebe, retraduzindo e reexpressando com suas próprias categorias mentais”.
Há muito que não trabalhamos com “certo e errado”, mas agora entra um novo desafio quando deixamos de ver a arte como uma “janela para a realidade”. Víamos a arte de uma forma tradicional e passamos a questioná-la sem esperar respostas, ao contrário, produzindo dúvidas nas nossas certezas, e tendo que olhar nas mais diversas direções em caminhos que não estamos acostumados, mas onde nossos alunos se encontram e isso nos traz insegurança e mais questionamentos gerando uma desacomodação saudável e necessária.

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