Acho que de todos os trabalhos desenvolvidos até agora o que está me causando mais dificuldade é este. Procurei, desde o inicio do curso, organizar os trabalhos e pesquisas em pastas no PC, desenvolvi em power point algumas disciplinas de forma que tivesse uma visão geral de todos os trabalhos. Outros (ainda sem tempo) continuam apenas separados por disciplinas com textos, rascunhos, artigos (ainda não lidos), pesquisas e trabalhos desenvolvidos.

Claro que em todos, consigo perceber meu crescimento (o que não conhecia, o que não aplicava, o que já sabia e foi reforçado) mas não cheguei a fazer as reflexões que tenho feito nesta disciplina, especificamente neste trabalho, conectando, transformando em atividades ideias e pensamentos que eram apenas exercícios de estudante.


Achava que o termo professor-pesquisador só se aplicava ao profissional que desenvolvia teorias e teses em gabinete, mas agora por mais que eu tenha a programação montada, a aula preparada com um plano de estudo em andamento, não consigo deixar de ler um artigo ou reler um capitulo estudado antes de apresentar aos alunos.

Em cada semestre modifico a maneira de concluir as disciplinas de forma que não fique parecendo fechada, acabada; sempre deixo um espaço para novas conclusões, um artigo por terminar ou uma indicação de livro (para ler quando tiver tempo). Assim me forço a retomar, sem chance para a “acomodação”, não me preocupo com “o que ainda não conheço”, o que realmente me assusta é achar que “o que sei” me basta...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como sei o que sei em arte?


Orientações para elaboração de Portfólio sobre ensino de artes visuais: Ao final do semestre deverá ser apresentado um portfólio pessoal sobre ensino de artes visuais e planejamento.”
Acho que nem no vestibular fiquei tão preocupada em “me colocar à prova”, pior do que encarar uma nota emitida pelo professor, é a avaliação que fazemos dos nossos próprios conhecimentos.
Ainda mais difícil é admitir, em “rede”, o que sabemos e o que precisamos de mais tempo para entender, ou explicar como sabemos o que sabemos ou deixamos de saber. Mas o portfólio está ai (ou parte dele) com as atividades que mais me influenciaram ou que mais me fizeram pensar, que mudaram minhas atitudes ou que as reforçaram.
Por medida de organização vou procurar manter a mesma ordem em que foram solicitadas as atividades; não que tenham sido feitas nessa ordem, a assimilação ou compreensão do conhecimento não é linear ou cronológica, pois é uma constante “idas e vindas” de nossas experiências.

Como se aprende arte?


1. Uma experiência de situação de ensino-aprendizagem em que houve construção de conhecimento em artes visuais.
2. Uma experiência de situação de ensino de artes visuais em que não foi possível aprender.
O interessante desta atividade não foi analisar a didática apresentada em uma ou outra situação. Foi entender na teoria o que a prática já tinha me ensinado anos atrás. Enquanto adolescente entendi que “aprender” é muito mais do que entender a matéria que o professor explica (“não tinham que me ensinar, eu tinha que aprender”.), agora voltando para a teoria como explicar o “meu aprender”?
Segundo Ana Mae “... não se tratam de fases da aprendizagem, mas de processos mentais que se interligam para operar a rede cognitiva da aprendizagem”.
É o que está acontecendo agora estou “entendendo como entender”.
Em outra situação, quando o professor me mostrou a importância da Geometria Descritiva apenas descartando sua existência fica bem ilustrado o que Fernando Hernández coloca sobre a importância do incentivo aos interesses dos alunos:
"O professor tem de despertar o olhar curioso, para o aluno desvendar, interrogar e produzir alternativas frente às Representações do universo visual”.

Caracterização da área de arte nos PCN


Analise a estrutura do documento, os elementos que a compõem e o que é contemplado nos objetivos e conteúdos gerais para a área de arte:
Os PCNs estão nos nossos estudos desde o primeiro semestre, são documentos norteadores tendo por finalidade orientar as práticas pedagógicas, os programas, conteúdos e avaliações dos professores de cada área, vemos que aborda uma proposta bem estruturada com três eixos de aprendizagem (produzir, apreciar e contextualizar) muito semelhante à Abordagem Triangular defendida por Ana Mae Barbosa.
Os objetivos e conteúdos são abrangentes não só preocupados com a aprendizagem específica, mas também contextualizando o momento atual e o desenvolvimento do cidadão.
Acredito que as orientações encontradas nos PCNs são de grande valor para uma construção de programa de ensino e planejamento de aula, mas ainda não está completo e totalmente definido, ainda temos muito caminho pela frente, mas já sabemos a direção a ser tomada, segundo Ana Mae Barbosa: (...) “precisamos continuar a luta política e conceitual para conseguir que a arte não seja apenas exigida, mas também definida como uma matéria, uma disciplina igual às outras no currículo. Como a matemática, a história e as ciências, a arte tem um domínio, uma linguagem e uma história. Se constitui, portanto, num campo de estudos específico e não apensa mera atividade".

Educar para quê?


De acordo com o pensamento de vários autores contemporâneos um dos principais objetivos da educação na área de artes é educar para a compreensão da arte. Referencias: Fernando Hernández (A pesquisa sobre a compreensão: a interpretação como chave da educação escolar) e Anita Prado Koneski.(A estranha 'fala' da arte contemporânea e o ensino da arte”
Os textos abrem um grande caminho para uma nova forma de ver e trabalhar com nossos alunos. Segundo Hernandez “a arte está sujeita a uma atribuição de significações, pois não só expressa o que o artista tem em sua mente no momento em que está realizando a obra, mas inclui a interpretação do espectador (...) O processo de interpretação implica em reconhecer a linguagem em um procedimento de diálogo, que não se produz de forma automática, mas que deve ser reconstruído a partir do interior daquele que o recebe, retraduzindo e reexpressando com suas próprias categorias mentais”.
Há muito que não trabalhamos com “certo e errado”, mas agora entra um novo desafio quando deixamos de ver a arte como uma “janela para a realidade”. Víamos a arte de uma forma tradicional e passamos a questioná-la sem esperar respostas, ao contrário, produzindo dúvidas nas nossas certezas, e tendo que olhar nas mais diversas direções em caminhos que não estamos acostumados, mas onde nossos alunos se encontram e isso nos traz insegurança e mais questionamentos gerando uma desacomodação saudável e necessária.

Tendências pedagógicas

Tendências pedagógicas e o ensino de artes - panorama histórico
Diz Ana Mae Barbosa: "É fundamental conhecer a história do ensino de arte para perceber a realidade atual e lidar criticamente com ela."
Escola tradicional
Valorizava a transmissão do conteúdo de forma produtivista preocupando-se, sobretudo, com o produto do trabalho escolar.
Esse produto demonstrava o quanto o aluno aprendeu do “fazer técnico e científico” dos conteúdos abordados. Os conteúdos são verdades absolutas, dissociadas da vivência dos alunos e de sua realidade social. O aluno é o receptor passivo, inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse de informações.

Escola nova
A Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova) enfatiza a formação de atitudes, o método é baseado na facilitação da aprendizagem, onde aprender é modificar as percepções da realidade. O Professor é auxiliar das experiências.
"Do ponto de vista da Escola Nova, os conhecimentos já obtidos pela ciência e acumulados pela humanidade não precisariam ser transmitidos aos alunos, pois acreditava-se que, passando por esses métodos, eles seriam naturalmente encontrados e organizados" (FUSARI e FERRAZ).

Escola tecnicista
O tecnicismo seguia uma linha de ensino, adotada por volta de 1970, no Brasil, que privilegiava excessivamente a tecnologia educacional e transformava professores e alunos em meros executores e receptores de projetos elaborados de forma autoritária e sem qualquer vínculo com o contexto social a que se destinavam. Este modelo foi importado dos EUA, durante as décadas de 1960/1970, para suprir a demanda da mão-de-obra qualificada a partir da chegada das multinacionais, no Brasil.

Escola libertadora e escola libertária
Apesar de possuir nomes parecidos, vindos da mesma origem, libertador e libertário possuem significados diferentes: enquanto libertador significa que ou o que liberta, que concede a liberdade, libertário é que ou aquele que se guia por doutrinas fundamentadas na liberdade absoluta.
Tendência progressista libertadora: Essa tendência tem sua origem ligada diretamente com o método de alfabetização de Paulo Freire. A busca do conhecimento é imprescindível, é uma atividade inseparável da prática social, e não deve se basear no acúmulo de informações, mas, sim, numa reelaboração mental que deve surgir em forma de ação, sobre o mundo social.
Tendência progressista libertária: A pedagogia progressista libertária valoriza a experiência de autogestão, autonomia e não-diretividade. Nessa concepção, a ideia de conhecimento não é a investigação cognitiva do real, mas, sim, a descoberta de respostas relacionadas às exigências da vida social. Essa tendência acredita na liberdade total; por isso dá mais importância ao processo de aprendizagem grupal do que aos conteúdos de ensino.

Escola crítico-social dos conteúdos
Surge no final dos anos 70 e início dos anos 80. Sua tarefa principal centra-se na difusão dos conteúdos, que não são abstratos, mas concretos. Cabe ao professor escolher conteúdos mais significativos para o aluno, os quais passam a contribuir na sua formação profissional, visando à inserção do aluno no contexto social.

Escola construtivista
Independente da estratégia de ensino do professor, o que deve ficar bem claro é que a aprendizagem é uma construção pessoal que se produz em função das inter-relações significativas com o meio ambiente e que o professor deve ser um guia, um facilitador ou mediador, tendo o cuidado de nunca antecipar as respostas.
"Construtivismo significa isto: a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado.” (Fernando Becker)

Olhando o ensino da arte no Brasil, desde o início de nossa história, podemos compreender porque continuamos nesse caus. As várias correntes desenvolvendo a educação sempre tiveram interesses maiores por trás da falsa preocupação com o maior interessado que é o aluno e com a melhoria na formação do professor.
Ainda temos muito que aprender e modificar em nosso país, quando achamos que estamos no caminho certo aparecem dificuldades impostas por pessoas alheias ao desenvolvimento cultural e independência de pensamento.
Sei que a atual proposta que tentamos seguir no ensino da Arte é sem dúvida a que melhor atende as necessidades do que seja realmente Arte. Trabalha o contexto histórico, a relação cultural, vários significados sociais e ideológicos, principalmente nas obras contemporâneas, e entende que a arte é muitas vezes utilizada para subverter padrões sociais. Mas também entendo que o que hoje nos parece perfeito (apesar de muitas vezes não ser utilizado) tende a se tornar obsoleto, pois a sociedade se modifica muito mais rapidamente que as novas tendências são estudadas e implantadas.
Mas acredito que estamos no caminho certo, pelo menos sabemos que impor métodos importados referentes a uma determinada cultura não leva a nada, ensinar a pensar buscando nas próprias experiências e bagagem cultural motiva um aprender independente e um desenvolvimento de cidadania.

Formas de pensar o ensino de artes visuais

Formas de pensar o ensino de artes visuais na contemporaneidade: proposta triangular, cultura visual e projetos de trabalho. As três propostas e seus autores referenciais são:

1. Proposta Triangular
Ana Mae Barbosa
Esta proposta busca colaborar para uma alfabetização visual.
Tal como na escrita: para compreendermos o significado das palavras é necessário sermos alfabetizados, também para entender as imagens visuais é preciso uma “alfabetização visual”.
“Através da leitura das obras de artes plásticas estaremos preparando a criança para a decodificação da gramática visual, da imagem fixa e, através da leitura do cinema e da televisão, a prepararemos para entender a gramática da imagem em movimento”.BARBOSA
Tem por base um trabalho pedagógico integrador de três facetas do conhecimento em arte:
* fazer artístico
* análise de obras artísticas
* história da arte

 2. Cultura Visual 
Fernando Hernández
Propõe que as atividades ligadas à Arte passem a ir além de pinturas e esculturas, incorporando publicidade, objetos de uso cotidiano, moda, arquitetura, videoclipes e tantas representações visuais quantas o homem é capaz de produzir.
Trata-se de levar o cotidiano para a sala de aula, explorando a experiência dos estudantes e sua realidade.
Essa "alfabetização visual" dará ao aluno condições de conhecer melhor a sociedade em que vive interpretar a cultura de sua época e tomar contato com a de outros povos.

3. Pedagogia de Projetos em Artes Visuais 
Fernando Hernández e Mirian Celeste Martins
Um projeto de trabalho não é uma fórmula e sim uma concepção de educação.
Projeto é uma proposta em que o aprender ganha um novo significado através das tentativas de se solucionar um problema;
Envolve situações de aprendizagem reais e diversificadas; os alunos constroem sua autonomia e compromisso social.

PCN para o Ensino Médio

Desenvolvendo competências e habilidades
Referenciais Curriculares do Rio Grande do Sul
Acredito que muito já mudou em relação ao ensino da arte, na medida em que os professores colocam em prática as diretrizes articulando os eixos de competências básicas e gerais, fundamentados nos processos cientifico-tecnológicos, relacionando teoria com prática e contextualizando a história da arte com as diversas disciplinas. Assim o aluno começa a entender a importância desses conhecimentos em todos os momentos de sua vida estudantil.
Cabe ao professor de artes articular entre as diversas disciplinas situações de aprendizagem contextualizadas a fim de valorizar a interdisciplinaridade. Com isso o aluno (e por que não dizer outros professores e a própria direção), vai entender a importância de se expressar e interpretar as diversas linguagens e códigos presentes no complexo mundo em que vivemos, procurando resolver novos problemas sem precisar de “modelos” para se guiar, buscando criar estratégias pessoais com criatividade articulando conhecimentos pré-existentes para uma nova descoberta.

PLANO DE AULA

E E ENSINO MÉDIO INÁCIO MONTANHA
Atividade: Leitura e Releitura de Imagem
Professora: Leila Quintana de Aguiar
Disciplina: Arte-Educação
Turma: 206 (2º ano Ensino Médio)
Turno: Manhã
Carga Horária: 1h/a semanal
Duração: 4h/a

JUSTIFICATIVA
Percebendo a faltava de observação em todos os trabalhos (não só em artes, mas nas outras disciplinas também), verifiquei que os alunos não seguiam as ordens nas atividades determinadas ou não percebiam mudanças significativas nas dependências da escola (por não prestarem atenção), resolvi mudar um pouco minha programação e trabalhar Leitura de Obra segundo Edmund Feldman de uma forma mais dinâmica e uma releitura ao final do trabalho.

OBJETIVO GERAL
• Propiciar clima de trabalho, curiosidade, desafio perceptivo, qualidade lúdica e alegria, junto com paciência, atenção e esforços para o processo de criação;
• Dar condições para que o aluno descubra as possibilidades e limitações dos diferentes materiais, expressando sua visão pessoal da linguagem artística;
• Desenvolver o senso crítico, a capacidade de julgamento e argumentação;
• Valorizar o desenvolvimento da expressão;
• Compreender que a arte está relacionada com fatos históricos e que nos passam informações que estão além da obra.
• Reproduzir graficamente aquilo que vê ou imagina com suas cores, ideias, sentimentos, emoções...

OBJETIVO ESPECÍFICO
• Realizar leituras críticas de imagens artísticas e da cultura visual usando elementos de análise e interpretação, estabelecendo relações entre produções contemporâneas e a história da arte.
• Tomar consciência da importância da observação como um todo e nos detalhes compreendendo as relações das imagens artísticas com os elementos que expressam ideias e sentimentos;
• Conhecer e discutir os mais diversos fundamentos da Arte;
• Observar e reconhecer o patrimônio cultural de seu entorno, bem como de outras etnias e culturas.
• Utilizar diferentes tipos de instrumentos, materiais e técnicas;
• Elaborar produções artísticas, utilizando os elementos da linguagem visual, demonstrando conhecimento e manejo de diferentes formas de composição;
• Discorrer e escrever sobre seu próprio processo criativo, produções realizadas e soluções encontradas para resolver problemas visuais, estéticos e técnicos;

CONTEÚDOS ABORDADOS
• Conhecer e apreciar a obra do artista Antônio Maia;
• Exercício de leitura de imagem que objetiva a observação, compreensão e a interpretação da arte em diversos contextos de produção;
• Estudo e analise dos elementos que compõem uma obra de arte, fundamentos da percepção visual;
• Valorizar a cultura nacional fortalecendo a identidade da arte popular e seus preceitos;

METODOLOGIA
• Exercícios individuais e coletivos com a utilização de elementos visuais;
• Analise das qualidades perceptivas especificas dos elementos da linguagem visual através de leitura de imagens e exercícios compositivos;
• Pesquisa na biblioteca da escola ou visita a sites em busca de referências e relações para os temas ou conteúdos em estudo;
• Pesquisa e experimentação com diversos recursos e materiais: recursos tradicionais, alternativos e de novas tecnologias;
• Analise e compreensão dos elementos que compõem uma obra
• Estudo teórico e experimentações com performances, instalação e interferência: modos contemporâneos de agir artisticamente no espaço e no tempo;
• Exposição dos trabalhos feitos com curadoria dos alunos, no espaço da escola;

CRONOGRAMA
1ª Aula:
Como o objetivo, neste momento, era mostrar aos alunos a importância de uma observação bem feita com atenção e método, apresentei uma reprodução da obra: Mensageiro de Antônio Maia e pedi que prestassem atenção.

                                     

Após uma breve conversa falando sobre o autor da obra, pedi que observassem a reprodução (durante um minuto) em todos os detalhes.
Retirei a gravura e pedi que reproduzissem “fielmente” a obra em uma folha, respeitando formas e cores.

2ª Aula:
Foi apresentado aos alunos o Método de leitura de obra baseado em Edmund Feldman observando quatro momentos: descrição, análise formal, interpretação e avaliação.
Em conjunto com professora de Português foram trabalhadas, nessa disciplina, algumas técnicas de redação especificamente voltadas às descrições.
Em artes foi mostrado como descrever uma obra, registrando detalhes e elementos que ajudam na observação da arte, como: memorização, análise, síntese, orientação espacial, proporção, dimensão...

3ª Aula:
Devolvi os trabalhos (alguns sem a menor semelhança com o original) e pedi que comparassem seus trabalhos, analisando os erros e fazendo uma descrição e uma análise formal da obra utilizando o método de leitura estudado (desta vez mantive a reprodução no quadro para observação).
Junto com a descrição pedi que fizessem uma pesquisa da biografia e o tema recorrente em outras obras do artista. (a partir deste momento começa a avaliação)

4ª Aula:
Retomando as aulas onde falamos sobre arte contemporânea e releitura de obras, vou pedir para que trabalhem em grupo fazendo uma releitura da obra estudada de forma tridimensional, podendo ser usado qualquer tipo de material (colagem, escultura, fotografia, sucatas, desenho em perspectiva, pintura...).

RECURSOS UTILIZADOS
• Reprodução da obra: Mensageiro de Antônio Maia;
• Aula expositiva e exercício de observação;
• Pesquisa na biblioteca e laboratório de informática;
• Material usado para confecção dos trabalhos fica a critério de cada grupo, conforme sua necessidade;

AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada durante as aulas através de observação e diálogo com os alunos. Alguns itens norteadores da avaliação:
• Envolvimento nas atividades propostas;
• Alcance dos objetivos de cada etapa de trabalho;
• Criação de formas artísticas com expressão, criatividade e originalidade, demonstrando algum tipo de capacidade ou habilidade no domínio da técnica.

RELATO DA APLICAÇÃO DO PLANO
A primeira aula foi muito divertida e alertadora, no momento em que retirei a imagem e pedi que a reproduzissem “fielmente”, os alunos reclamaram muito. Disseram que o tempo de exposição tinha sido pouco e que não tinham prestado muita atenção, assim não conseguiriam reproduzi-la. Aos poucos foram se acalmando na medida em que eu explicava que a avaliação não seria feita neste momento e que esse exercício era um alerta para eles verem a maneira descomprometida que observam as coisas.
A segunda aula (mais teórica) foi bem aproveitada com interesse e participação dos alunos que já faziam comentários sobre como não tinham percebido os detalhes na obra por não terem prestado atenção ou não terem seguido um roteiro ou método.
Na terceira aula os alunos produziram uma descrição da obra seguindo o método de analise formal estudado. Reclamaram um pouco por estarem fazendo uma redação na aula de artes nas entenderam que a observação, analise e a descrição fazem parte de uma leitura de obra, e que para produzir um trabalho artístico passamos por várias etapas teóricas.
Na quarta aula quando fiz a proposta de uma releitura, onde eles poderiam trabalhar a sua própria maneira de ver o tema usando como base a obra estudada os alunos foram unanimes: queriam reproduzir a obra e não fazer uma releitura. Achei a atitude madura percebi que eles precisavam provar alguma coisa para eles mesmos. Então aceitei o desafio nas com uma condição; só mostraria a imagem da obra ao final dos trabalhos, eles deveriam transformar o quadro em um trabalho tridimensional (usando colagem, escultura, fotografia, sucatas, desenho em perspectiva, pintura...) apenas usando suas próprias descrições e analises, sem a imagem.
A avaliação foi feita durante todas as etapas do trabalho com a total interferência dos alunos. Durante as apresentações os alunos comentavam e indicavam erros e acertos nos trabalhos, muitas vezes sem nem precisar consultar a obra estudada.


                                         
REFERÊNCIAS
http://www.ceart.udesc.br/Pos-Graduacao/revistas/artigos/resumovaleska.html
http://moodle.regesd.tche.br/file.php/276/iavelberg_curriculo.pdf
http://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_vol1.pdf
http://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_prof_vol2.pdf
http://esteticaemcomunicacaouniube.blogspot.com/2010/03/metodo-de-leitura-baseado-em-edmund.html
http://books.google.com.br/books?id=vE-JKyNSi4oC&pg=PA153&lpg=PA153&dq=A+leitura+de+imagem+por+Edmund+Burke+Feldman&source=bl&ots=c5QndI3LZg&sig=x3FimDoeTJ7yyOg8rdZSn7kOhwM&hl=pt-BR&ei=G5b2TYCCKcHEgQeJg6XLCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=8&ved=0CEUQ6AEwBw#v=onepage&q=A%20leitura%20de%20imagem%20por%20Edmund%20Burke%20Feldman&f=false

Livro de Artista

 Seminário integrador 05: a arte e o ensino da arte no Brasil. Uma reflexão sobre cada semestre já realizado no curso.