Acho que de todos os trabalhos desenvolvidos até agora o que está me causando mais dificuldade é este. Procurei, desde o inicio do curso, organizar os trabalhos e pesquisas em pastas no PC, desenvolvi em power point algumas disciplinas de forma que tivesse uma visão geral de todos os trabalhos. Outros (ainda sem tempo) continuam apenas separados por disciplinas com textos, rascunhos, artigos (ainda não lidos), pesquisas e trabalhos desenvolvidos.

Claro que em todos, consigo perceber meu crescimento (o que não conhecia, o que não aplicava, o que já sabia e foi reforçado) mas não cheguei a fazer as reflexões que tenho feito nesta disciplina, especificamente neste trabalho, conectando, transformando em atividades ideias e pensamentos que eram apenas exercícios de estudante.


Achava que o termo professor-pesquisador só se aplicava ao profissional que desenvolvia teorias e teses em gabinete, mas agora por mais que eu tenha a programação montada, a aula preparada com um plano de estudo em andamento, não consigo deixar de ler um artigo ou reler um capitulo estudado antes de apresentar aos alunos.

Em cada semestre modifico a maneira de concluir as disciplinas de forma que não fique parecendo fechada, acabada; sempre deixo um espaço para novas conclusões, um artigo por terminar ou uma indicação de livro (para ler quando tiver tempo). Assim me forço a retomar, sem chance para a “acomodação”, não me preocupo com “o que ainda não conheço”, o que realmente me assusta é achar que “o que sei” me basta...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Como fazer

Depois de decidir finalmente a colocação dos objetos eu desenhei no papel e olhei pelo verso e contra a luz para ver como iria ficar no gesso. Acho que agora é a hora!!!!
Amassar e molhar um pouco a argila é fundamental; então vamos nessa!!!!






Preparar o antes o durante e o depois é parte importante do sucesso do trabalho; não tem vaselina, eu usei um óleo de massagem, mais caro mas era o que eu tinha. Muito bem mão na massa, ou melhor pé na argila... Tá e depois saio pulando até o banheiro para lavar a meleca????
Não!! tenho toalha de papel (já faz parte do material de pintura) dou uma limpada e mergulho o pé na bacia com água e sabão (aqui mesmo na sala-atelie), seco com a toalha que o marido teve que ir buscar (lembrem da toalha)






Imprimir os objetos foi tranqüilo, um fio de nylon enrolado na chave e tudo bem, mas e a moeda?
Nada que duas lixas de unhas de metal não resolvam, mas cuidado que ela pula e crava na argila, revelando uma impressão que não tinha sido pensada, mas que ficou bem interessante, então vamos reforçar e fazer outra. Hora do gesso!! Tranqüilo, só foi mais água do que deveria tudo bem vai demorar mais para secar...





Hora da verdade... Um recurso bem útil é passar um fio de nylon em baixo da argila para solta-la da base, e tirar com cuidado o seu prensauto, lavar com uma escovinha macia e deixar secar por um tempo, usando uma faquinha ou canivete pequeno arrumar as imperfeições e rebarbas que ficaram, faça isso com cuidado enquanto o gesso ainda estiver úmido ele é macio e fácil de trabalhar.




Acredito que os elementos que escolhi estejam interligados, pois os pés não atuam sozinhos apenas facilitam as coisas e as chaves não são atrizes principais, mas abrem um mundo de histórias. Da mesma forma as moedas sozinhas não são nada, mas podem te levar longe, passando por várias pessoas, trocando de objetivos e sonhos. Esses objetos não atuam sozinhos, mas propiciam a ação do sujeito. Quantos mistérios estão guardados nos armários e salas trancados; quantos caminhos que não andamos e poderiam mudar nossas vidas?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ideias para o Prensauto






Alguns trechos do meu diário com ideias e argumentos...

Estou montando, em uma parede da sala de artes (caíram todos os azulejos e um pouco do reboco), um painel com trabalhos dos alunos. Usamos argila (sem queimar) e estamos fixando com massa corrida.

Prensauto





Depois de uma tentativa frustrada (meu número de matrícula saiu invertido), montei novamente o carimbo e testei outros objetos, com a moeda não ficou o esperado, talvez mudando a posição fique melhor. Fiz alguns testes no papel, no primeiro achei muito cheio, melhor tirar alguns objetos, no segundo ficou melhor, vou esperar para decidir amanhã.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Nicho Poiético


Primeiro quero agradecer a Sonia pela pesquisa sobre poietica, estava curiosa e ia pesquisar quando li no blog dela o significado.
Meu nicho foi feito por algumas das muitas coisas que me cercam durante o dia; poderia falar dos livros que começaram a ficar parados com o marcador no mesmo lugar, na câmera fotográfica que humildemente cedeu seu lugar para poder trabalhar, do relógio que usamos como algemas, do meu tênis de corrida que estou deslumbrada em fazer, e de tantas outras, mas vamos falar sobre o que vemos. Meu estojo com tudo que uma professora de artes precisa, o próprio estojo é uma forma de estar perto de minhas filhas, todos os botons elas ganharam em competições pelo mundo e me deram para enfeitá-lo; o metro de marceneiro eu não consigo me separar mesmo em compasso de espera ainda penso como arquiteta, o mouse que uso tanto como uma caneta, a maior briga em casa é que sou canhota e troco para o lado esquerdo, o celular que é uma ligação com o mundo e um incomodo nas horas impróprias o símbolo da Sogipa moro tanto lá como em casa (minhas filhas treinam judô todos os dias e fazem faculdade de Ed. Física lá também); as folhas são lembranças da infância, não existe coisa melhor do que caminhar sobre elas fazendo barulho e sentindo o cheiro das folhas de eucalipto; as chaves que abrem as portas do nosso dia-a-dia, a barrinha de cereal, minha merenda de todo dia; e um creme pras mãos, porque pó de giz é bom só no quadro.

Caderno de Registro


Sempre anotei minhas ideias em qualquer pedaço de papel (isso trago da arquitetura, um professor pedia para ver todos os rascunhos do projeto, até os de guardanapo de bar, para entender a nossa criação), mas o problema é que guardo os papeis em qualquer livro, bolsa, pasta, agenda... e depois não sei onde estão. Usei folhas secas para encapar o caderno, assim cada vez que abro ou fecho escuto as folhas e o cheiro que me leva de volta para a infância. Sei da importância de anotar cada sensação ou sentimento vivido, fiz um diário para cada uma das minhas filhas desde que nasceram até mais ou menos 4 anos, anotava cada novidade ou arte (bagunça) que faziam, guardei até que completaram 18 anos e dei de presente simbolizando uma liberdade conquistada. Elas conseguiram conhecer um pouquinho do que foram quando crianças, o interessante é que pedi para a mais velha guardar segredo e ela compreendeu, as amigas em comum leram junto e também guardaram segredo.
Continuo rabiscando em qualquer lugar, mas agora guardo para colar no caderno, ainda não acostumei a levá-lo junto.

Leila Quintana de Aguiar por Leila


Incansável buscadora de novidades, sempre vendo as coisas cor-de-rosa por mais pretas que estejam... Prefiro pensar pela manhã, as coisas fluem melhor, os “barulhos” são mais suaves; na madrugada prefiro o trabalho “sem-penso” a coisa mais automática. Hábito que por muitos anos me acompanharam nos projetos de móveis e arquitetura, que estão no momento em estado de quase abandono (mas pretendo retomar). Apenas novos conhecimentos e descobertas estão mais fortes no momento, e principalmente a retomada do meu antigo curso de Artes Plásticas que ficou pela metade e esquecido.