Acho que de todos os trabalhos desenvolvidos até agora o que está me causando mais dificuldade é este. Procurei, desde o inicio do curso, organizar os trabalhos e pesquisas em pastas no PC, desenvolvi em power point algumas disciplinas de forma que tivesse uma visão geral de todos os trabalhos. Outros (ainda sem tempo) continuam apenas separados por disciplinas com textos, rascunhos, artigos (ainda não lidos), pesquisas e trabalhos desenvolvidos.

Claro que em todos, consigo perceber meu crescimento (o que não conhecia, o que não aplicava, o que já sabia e foi reforçado) mas não cheguei a fazer as reflexões que tenho feito nesta disciplina, especificamente neste trabalho, conectando, transformando em atividades ideias e pensamentos que eram apenas exercícios de estudante.


Achava que o termo professor-pesquisador só se aplicava ao profissional que desenvolvia teorias e teses em gabinete, mas agora por mais que eu tenha a programação montada, a aula preparada com um plano de estudo em andamento, não consigo deixar de ler um artigo ou reler um capitulo estudado antes de apresentar aos alunos.

Em cada semestre modifico a maneira de concluir as disciplinas de forma que não fique parecendo fechada, acabada; sempre deixo um espaço para novas conclusões, um artigo por terminar ou uma indicação de livro (para ler quando tiver tempo). Assim me forço a retomar, sem chance para a “acomodação”, não me preocupo com “o que ainda não conheço”, o que realmente me assusta é achar que “o que sei” me basta...

sábado, 10 de abril de 2010

Digitais Urbanas


Digital Urbana, o nome já é quase um poema. Em quantos lugares deixamos nossa marca, e quantos lugares marcam nossa alma?? É uma troca constante de carinhos nas pegadas, cada lugar tem sua história na nossa história. Alguns com muita emoção e outros apenas uma passagem, mas todos fazem parte de nossas vidas.
A porta de casa, quase 20 anos abrindo todos os dias e nunca tinha sentido como algo marcante. A maçaneta da porta da casa das minhas filhas, essa faz pouco tempo que abro, mas a emoção é grande, me mostra que elas cresceram e seguem o próprio caminho.
Os vários locais na Sogipa, quase minha segunda casa, com certeza não foi só na argila que fica a marca da arquibancada; diariamente, por quase 10 anos, sentamos assistindo aos treinos de judô das filhas. E no sobe e desce das escadas, buscando água, o emborrachado já está quase gasto.
Nos encontros e despedidas no aeroporto; quase a garagem de casa, não pela proximidade, mas pelo constante uso. Quando não é viagem de férias são os compromissos das competições. Então a escada rolante é um alento na subida para um café ou, na descida a emoção do reencontro.
Nas corridas pela Redenção surgiu um sentimento que na minha vida inteira passeando por ela nunca tinha percebido. O Parque Farroupilha é um “Ser Vivo” com vida própria e personalidade marcante. Minha percepção era a de uma criança que quando fecha os olhos acha que o mundo desaparece, também achava que o parque só existia quando eu estava nele, aproveitando seus recantos. Mas não, esses recantos existem e vivem muito bem sem a minha presença. O parque está sendo quase um amigo que, quando eu vou visitá-lo noto seus galhos quebrados ou suas flores se abrindo, vejo que ele muda de um dia para o outro, coisa que só se nota com um convívio mais íntimo. Até a árvore de pedra modifica sua “casca” abrigando um pouco mais de limo, agora no inicio das chuvas de outono.
Como não falar das pedras da calçada do Instituto de Educação, das escadas e da porta que me leva a um mundo cheio de vida, juventude, experiência e aprendizagem mutua?
E é claro vou me deslocando por todos os lugares deixando marcas continuas dos pneus do carro que facilitam muito o meu caminhar.

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